domingo, 9 de outubro de 2011
Poemas de Tomas Transtormer (Nobel Literat. 2011)
TEMPESTADE
Subitamente encontra o caminhante, gigantesco
e velho carvalho como alce de extensa armação,
petrificado, diante da fortaleza verde-escura
do mar de Setembro.
Tempestade nórdica. Tempo de amadurecerem
os cachos de sorvas. Ouvem-se, despertas na escuridão,
as constelações batendo os pés nos seus estábulos
bem alto sobre a árvore.
ATRAVÉS DO BOSQUE
Um lugar chamado pântano de Jacob
é a cave fresca de um dia de Verão
luz que coalhando azeda uma bebida
com gosto de velhice e de pobreza.
Os frágeis gigantes estão entrelaçados
tão densamente que nada pode tombar.
A bétula partida apodrece ali mesmo
em posição vertical como um dogma.
Do fundo do bosque vou subindo.
Brilha luz cada vez mais por entre os troncos.
Chove sobre os altos telhados que me abrigam.
Sou um longo escoadouro de impressões.
Na orla do bosque o ar é doce. –
Grande, escuro pinheiro voltado para o longe,
de focinho escondido na terra
bebe a sombra da chuva.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário