"O homem, orando de pé, contemplando o lugar remoto e infinitamente próximo onde imagina Deus, é como um candelabro, entendendo por candelabro o suporte e a vela acesa. Com efeito, no Livro do Esplendor (Zohar), ele é comparado a uma chama, pela correspondência do seu corpo com o combustível; da alma do sangue com a luz azulada e turva na parte inferior da chama, alma em hebraico se diz nephesh; da própria chama em ascese adente com o que, no mesmo hebraico, se designa por ruah, palavra para sopro ou espírito com sede no centro ígneo das emoções. Há, porém, à volta da chama, uma atmosfera luminosa imperceptível para quem não a procurar ver: aqui a correspondência no Zohar é com neshamah, a ponta suprema da alma e sua irradiação puríssima, a flor do intelecto." (António Telmo, Viagem a Granada, p. 32)
in Pedro Sinde, http://as101cartas.wordpress.com/
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