quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


SONNET #3


by: William Shakespeare



LOOK in thy glass, and tell the face thou viewest
Now is the time that face should form another,
... Whose fresh repair if now thou not renewest,
... Thou dost beguile the world, unbless some mother.
For where is she so fair whose uneared womb
Disdains the tillage of thy husbandry?
Or who is he so fond will be the tomb
Of his self-love, to stop posterity?
Thou art thy mother's glass, and she in thee
Calls back the lovely April of her prime;
So thou through windows of thine age shalt see,
Despite of wrinkles, this thy golden time.
But if thou live rememb'red not to be,
Die single, and thine image dies with thee.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Folhagem de Sombras"

Livro de poesia de um autor que preferiu resguardar-se sob um criptónimo.

"Folhagem de Sombras" é um livro constituído por duas partes, ambas com citações de Oscar Vladislas de Lubicz Milosz (poeta lituano de língua francesa) a introduzi-las.

Constata-se, pela leitura do livro, que o poeta usa de vários recursos estilísticos nesta obra ( seja no que se refere a métrica, a rima, a verso livre), e que os domina a todos com segurança.
O livro tem alguns poemas muito belos, outros um pouco mais artificiais. A linguagem pode ser simples ou rebuscada, conforme os casos. Mas trata-se, quase sempre, de uma poesia que vai directa ao coração, não demasiado popular, mas não esquecendo a lição dos poetas espontâneos, simultaneamente revelando, aqui e ali, a influência de grandes mestres (poetas) de várias eras e contextos culturais.

Aconselhamos a procura e a leitura deste livro de um poeta quase totalmente desconhecido, mas digno de ser lido.

O título "Folhagem de Sombras" é muito curioso. Não remete, como poderia parecer à primeira vista, para a sombra das folhas e folhagens de árvores ou de jardins. Aqui, as próprias sombras é que se ramificam, se interpenetram, como que compondo uma folhagem, um folio complexo, como se cada poema remetesse para todos os outros, todos entre todos se comunicando por meio dessa rede um pouco informe mas arborífera da folhagem que entre si todos compõem.


                                                                                                           Marta Lacerda